Foi quando ele conheceu o Bairro-Escola, um programa-piloto defendido pelo jornalista Gilberto Dimenstein - então colunista de Educação do jornal Folha de São Paulo - e implantado em 1997, com a parceria de ONGs, no bairro Vila Madalena, na capital paulista.
Desafio
- Relações Públicas
- Assessoria de Imprensa
- Media Training
- Comunicação Interna e Direta
- Estratégia e Planejamento
A ideia do programa mostrava-se revolucionária: fazer com que toda a sociedade se envolvesse, de alguma forma, na tarefa de educar. Assim, o clube do bairro cede a sua piscina para a escola; a Igreja da região disponibiliza uma sala para aulas de reforço escolar; o morador de uma casa com espaço sobrando fornece uma área para aulas de balé... Ou seja, o desafio consiste em transformar a comunidade em um ambiente de aprendizagem, ampliando os limites das salas de aula.
Quando assumiu a prefeitura de Nova Iguaçu, em 2005, Lindberg Farias tinha a promessa de implantar o horário integral nas escolas da rede municipal, mas enfrentava dois problemas: a falta de espaço nas escolas e parcos recursos para criar unidades-modelo como os CEUs (Centros Educacionais Unificados) idealizados por Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo.
Para dar certo, entretanto, era preciso fazer a sociedade compreender esse novo conceito e quebrar a resistência de professores e pais de alunos, que num primeiro momento não compreendiam o fato de que o filho passar a tarde jogando Banco Imobiliário era bem mais do que uma simples brincadeira...
Bairro-Escola
Como os alunos precisavam se deslocar entre a escola e os vários equipamentos cedidos do bairro, os caminhos por onde eles passavam foram não apenas sinalizados, mas também ganharam nova vida. O chão foi pintado, assim como os muros, que receberam desenhos; houve a instalação de semáforos, e, assim, a paisagem começou a se transformar chamando a atenção da população para o projeto.
Os comerciantes - que antes expunham suas mercadorias no meio das calçadas por onde os alunos teriam que passar - foram convocados a participar de reuniões sobre o projeto, liderado pela então secretária especial Maria Antônia Goulart. As empresas de ônibus também se envolveram, alertando os motoristas sobre a maior movimentação das crianças nas ruas da cidade. Foram dezenas de reuniões até que a resistência inicial fosse quebrada.
Estratégia
Além do site e de materiais impressos explicando o projeto, a DS Comunicação desenvolveu um intenso trabalho de assessoria de imprensa, o que incluiu levar a Nova Iguaçu os maiores formadores de opinião da mídia regional e nacional na área educacional.
Bairro-Escola
Implantado em 2006, o Bairro-Escola virou a maior referência do governo Lindberg Farias, sendo copiado, em 2009, pela prefeitura de Belo Horizonte. O projeto ganhou visibilidade nacional; foi vencedor de vários prêmios - entre os quais o de Tecnologia Social, do Banco do Brasil, em 2008.
Também em 2009, o MEC encaminhou para escolas públicas de todo o Brasil um conjunto de cadernos e um CD-ROM contendo o passo a passo de como implementar o Bairro-Escola. O projeto foi implantado em escolas de Vigário Geral e Parada de Lucas (RJ), Belo Horizonte (MG), Sorocaba (SP), São Luis (MA), Campinas (SP), Recife (PE), Barueri (SP), Praia Grande (SP), Taboão da Serra (SP) e São Bernardo (SP).